Ao proceder a admissão de um novo funcionário, o empresário deveria expor ao recém-contratado o que a empresa espera dele.
Pode parecer óbvia a frase, mas não é.
O colaborador é informado sobre o seu cargo, o salário que ganhará, qual o horário a ser cumprido, que benefícios a empresa oferece, às vezes até recebe um manual sobre as normas, sobre quais são os seus deveres e muito mais...
Até aí, parece que tudo também é óbvio.
Mas não é.
E posso explicar.
Aquelas informações são o mínimo que o novato deve receber da empresa.
Mínimo mesmo.
Se isso é o mínimo, o que há de ser o máximo.
O máximo seria manifestar que esperam a sua identificação aos propósitos e objetivos da empresa, com comprometimento e dedicação. O máximo seria manifestar que esperam que tenha iniciativa, assumindo as responsabilidades inerentes a sua função, sendo solícito aos seus companheiros.
Seria dizer que esperam uma atuação com pró-atividade, contribuindo efetivamente para o bom andamento das tarefas a ele confiadas.
Seria dizer que esperam uma perfeita e harmoniosa integração aos demais colaboradores, formando uma equipe coesa.
Que juntamente com a equipe, possa alcançar os maiores e melhores índices de produtividade.
Que esteja sempre motivado, envolvido e disposto a colaborar.
Que seja produtivo e eficiente.
Que seja disciplinado e um eterno aprendiz.
Que seja criativo, agregando novas idéias, trazendo soluções e não problemas.
Que tenha a capacidade de adaptar-se as constantes exigências do trabalho.
Que tenha a capacidade de gerar resultados satisfatórios, contribuindo assim para maximizar os lucros e minimizar os gastos.
Nossa!!!
Quanta coisa deveria ser dita ao iniciante.
Entretanto, o empresário não faz.
O empresário perdeu a oportunidade de estabelecer, de maneira clara, cristalina, límpida, o que ele pretende com a contratação.
E, se não deu esse "clique", ele provavelmente perdeu a melhor ocasião.
Cometeu assim, um grave deslize.
Pois bem: o namoro já começou mal.
E nessa toada, o casamento pode não dar certo.
Um dos nubentes, não sabe exatamente o que o outro espera dele.
E assim, o relacionamento entre o empresário e o novo funcionário, pode não ter futuro.
E como "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco", será que é difícil adivinhar qual é o final dessa história. Acho que não.
No fim, o calouro é que "vai pagar o pato".
Ele vai perder o seu novo emprego.
Eu pergunto: será que foi ele que transgrediu?
É evidente que não.
Ele é a vítima.
E o empresário, que será capaz de reclamar mais uma vez que não acertou na contratação, vai acabar reincidente no erro.
E agora?
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